Música origem: Sons e instrumentos

Afinal ela é capaz de dar voz àqueles que normalmente não tem espaço para expressão. Basta lembrar-se de James Brown conclamando o seu público a cantar “I’m black and i’m proud” – sou negro e tenho orgulho. A cultura musical ainda combate a alienação massificante dos meios tradicionais de comunicação.

Enquanto os compositores clássicos buscavam um equilíbrio entre a estrutura formal e a expressividade, os compositores do “Romantismo” pretendem maior liberdade da estrutura da forma e de concepção musical, valorizando a intensidade e o vigor da emoção, revelando os pensamentos e sentimentos mais profundos. O Romantismo inicia pela figura de Beethoven e passa por compositores como Chopin, Schumann, Wagner, Verdi, Tchaikovsky, R. Strauss, entre outros. O romantismo rendeu frutos na música, como o “Nacionalismo” musical, estilo pelo qual os compositores buscavam expressar de diversas maneiras os sentimentos de seu povo, estudando a cultura popular de seu país e aproveitando música folclórica em suas composições. A valsa do estilo vienense de Johann Strauss é um típico exemplo da música nacionalista.

A necessidade básica de ações e hábitos para vir a ter consciência do que se aprende, o pensamento sistematizado e organizado, os sistemas de símbolos, associações e regras para a construção do conhecimento são pontos comuns em qualquer área. A experiência artística ganha um espaço definido quando realmente respeita o repertório peculiar de vivências e assume o papel de classe para estender a expressão do sujeito possibilitando seu amplo desenvolvimento. Dessa maneira, é possível afirmar que no Brasil já temos uma trajetória histórica, educativa e cultural que nos permite uma reflexão crítica acerca de perspectivas e caminhos concretos que possam subsidiar a inserção da educação musical nas escolas. No âmbito escolar a música tem por finalidade acrescer e facilitar a aprendizagem do educando, pois instrui o indivíduo a ouvir de maneira afetiva e refletida. A educação deve ser vista como um processo comum, permanente e progressivo, que precise de diferentes formas de estudos para seus aperfeiçoamentos, pois em qualquer espaço sempre haverá diferentes condições familiares, sociais, ambientais e afetivos.

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A necessidade de comunicação ente os povos tornou a música uma marca vital de identificação de cada comunidade e sua cultura. Segundo Oliveira (1999, p. 42), “é a necessidade de comunicação que impulsiona, inicialmente, o desenvolvimento da linguagem”. A música é a forma de expressão artística, tanto no campo popular quanto no erudito. A teoria musical só começou a ser elaborada no século V a.C., na Antiguidade Clássica. São poucas as peças musicais que ainda existem deste período, e a maioria são gregas.

O que falar sobre a música?

A música necessita de um intermediário para que ela exista, isto é, alguém que a execute. Caso queria entender como o nome “música” surgiu, leia nosso artigo que explica a origem da música. Usamos música pra cantar no chuveiro, pra ajudar a aguentar o trânsito, pra evitar o estresse e barulho dentro do transporte público, pra estudar, pra cozinhar, pra relaxar.

A música predominante tinha como qualidades a liberdade e a fluidez, e primava também pela intensidade e vigor emocional. É importante ressaltar que Pitágoras, grande filósofo grego, foi o responsável por estabelecer relações entre a matemática e a música, descobrindo as notas e os intervalos musicais. Podemos observar que a cultura musical na Grécia Antiga funcionava como uma espécie de elo entre os homens e as divindades. Tanto que a palavra “música” provém do termo grego mousikē, que significa “a arte das musas”. Já na Índia, em 800 a.C., o método musical era o de “ragas”, que não utilizava notas musicais e era composto de tons e semitons. No Egito Antigo, ainda em 4.000 a.C., a música era muito presente, configurando um importante elemento religioso.

BENEFÍCIOS DA MÚSICA NO CONTEXTO ESCOLAR

O termo “clássico” deriva do latim “classicus”, que significa cidadão da mais alta classe. Este período da música é marcado pelas composições de Haydn, Mozart e Beethoven (em suas composições iniciais). Neste momento surgem diversas novidades, como a orquestra que toma forma e começa a ser valorizada. As composições para instrumentos, pela primeira vez na história da música, passam a ser mais importantes que as compostas para canto, surgindo a “música para piano”. A “Sonata”, que vem do verbo sonare (soar) é uma obra em diversos movimentos para um ou dois instrumentos. A “Sinfonia” significa soar em conjunto, uma espécie de sonata para orquestra.

A MÚSICA NO CONTEXTO ESCOLAR

No sentido restrito, é a arte de coordenar e transmitir efeitos sonoros, harmoniosos e esteticamente válidos, podendo ser transmitida através da voz ou de instrumentos musicais. O pesquisador da Unifesp explica que as crianças normalmente se expressam melhor pelo som e pela música do que pelas palavras, verificando-se que aquela pode ser uma ferramenta única para crianças com déficit de atenção, dislexia, autismo, depressão, esquizofrenia e outras disfunções cerebrais. Mas transtornos como a demência, por exemplo, não afetam os talentos musicais,  e até contribuem para suavizar o problema. A música pode, também, “facilitar a intimidade e a aproximação física dos indivíduos com seus cuidadores, com maior engajamento em tarefas e melhor modulação positiva do humor“, comenta o neurologista.

Apesar de haver apresentações de diversos instrumentos e letras de cantos desconhecidas para os indígenas, não havia ali nenhuma intenção educativa para com eles e sim uma necessidade de pessoas que pudessem espalhar a fé dos padres para os demais índios em suas aldeias. Segundo o Dicionário de Termos e Expressões da Música do pesquisador Henrique Autran Dourado (2008, p.214) música é “a arte de exprimir ideias por meio de sons”. No reconhecimento músicas internacionais mais tocadas de nossa individualidade está a possibilidade de assumirmos a identidade da comunidade que fazemos parte, aquilo que nos une e nos solidariza. Consequentemente, os direitos individuais não podem ser inteiramente usufruídos ou garantidos, na ausência do respeito para com a dignidade, a integridade, a igualdade e a liberdade daquelas comunidades com as quais nos identificamos, incluindo a comunidade étnica a qual pertencemos.