O Amor Natural, poemas eróticos de Carlos Drummond de Andrade
Em geral, são textos de curta duração e forte conteúdo sexual explícito, mesmo que não exista uma norma ou tendência para tal. Temáticas normalmente proibidas ou reprovadas socialmente são comuns, com textos que remetem a varias parafilias como a pedofilia, o incesto e a submissão. O futuro do erotismo está em constante evolução, especialmente com o advento da tecnologia e das redes sociais. A forma como as pessoas se conectam e compartilham suas experiências eróticas está mudando, com plataformas digitais permitindo uma maior liberdade de expressão.
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Ao findar deste percurso que trilhamos associando psicanálise e literatura, pontuamos alguns avanços importantes para a temática investigada. A nosso ver, esse tipo de literatura rompe com a literalidade erótica comum, produzindo singularidades ao assumir uma outra perspectiva de expressão do feminino. Nesse conseguinte, chama a atenção o embaraço existente no sistema classificatório desse gênero literário.
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É que brincadeiras, palavras, histórias escritas ou contadas são elementos indissociáveis – o erotismo decorrente delas é produto e produtor de um salto civilizador, pois sofistica o campo da excitação e do ato sexual da mesma forma que a capacidade de simbolização contida nesses elementos, e atesta a existência da quinta estação. A literatura (e a linguagem) permite todos os prazeres, sendo ela mesma um deles, e talvez por isso alcance o estatuto de sagrada, pois pode profanar com qualidade estética invejável. O erotismo do diário O caderno rosa de Lori Lamby, de Hilda Hilst, é fruto da transgressão no âmbito da literatura erótica. A pedofilia literária do livro reproduz a confusão de línguas, ternura e paixão, a que se refere Ferenczi, e problematiza a origem do amor – sentimento que costuma proteger Xvideos os amantes da angústia de morte conjurada pelo erotismo. O advento das novas tecnologias também significou um aumento na produção de textos de literatura erótica, assim como em outras artes que envolvem o sexo, como a fotografia ou o cinema pornográfico. O anonimato facilita a escrita e difusão de textos que podem ser inspirados em realidade ou que simplesmente satisfazem a imaginação e criatividade do autor.
No entanto, se podemos falar de autoerotismo, é referindo-nos à teoria freudiana de um self de prazer, que começa por distinguir o que é bom para ele, antes mesmo de saber se o que é assim definido como bom é encontrado na realidade. Esta manifestação da libido, frequentemente incompreendida, revela facetas complexas da psique humana. Portanto, ao explorar a definição e as implicações do autoerotismo na psicanálise, desvendamos um aspecto fundamental da sexualidade humana, desafiando os limites convencionais de compreensão. As pessoas das quais somos parentes ou com as quais passamos muito tempo tendem a ser bastante próximas. Você não sente sentimentos românticos por essas pessoas, mas sente um tipo de conexão que é diferente das pessoas que são simplesmente “amigas”.
Conceitos Recentes
Nesse viés, para que a erótica se valha como tal, torna-se necessária a presença de um traço discordante que nomeamos de neiko-erótico. É importante ressaltar que o amor erótico não se resume apenas à atração física e ao desejo sexual. Ele também envolve uma conexão emocional profunda, baseada na confiança, na intimidade e no respeito mútuo entre os parceiros.
Pesquisadoras como Francklin (2015) e Araújo e Lima (2021) apontam como diferencial dessa literatura erótica contemporânea uma fórmula que se repete constantemente com poucas modificações. Essa fórmula consiste na trama relacional de uma menina inocente, com pouca ou nenhuma experiência sexual, que conhece um CEO (Chief Executive Officer) ou um homem poderoso e multimilionário que apresenta a ela um mundo de sexo e prazer, fazendo-a conhecer sua sexualidade. O homem ou a mulher (ou os dois) sempre têm questões traumáticas do passado que serão superadas no desenrolar do relacionamento. Ainda que essa fórmula seja interessante para se traçar o perfil das personagens, nossa aposta teórica parte por considerar com mais ênfase o modus operandi em que se desenvolve a dinâmica relacional, como veremos a seguir.
O autoerotismo é usado em relação a alguns conceitos diferentes que envolvem sexualidade e práticas sexuais realizadas isoladamente. A ascensão e popularidade dos romances na Inglaterra do século XVIII providenciou um novo meio para a literatura erótica. Este livro estabeleceu um novo padrão em promiscuidade literária e tem sido muitas vezes adaptado para o cinema no século XX.
No passado, utilizava-se o termo autoerotismo para descrever a excitação sexual que ocorre durante o sono, um fenômeno comum em certos estágios do sono. Se a psicose é um sonho e o psicótico é um sonhador, o psicanalista tem acesso direto ao inconsciente de seus pacientes. Pode até dispensar cadeias associativas verbais, tudo é diretamente interpretável, não só a fala, mas também qualquer expressão, mesmo não verbal. Freud, nos Três Ensaios de Teoria Sexual, mostra como as satisfações erógenas apoiam as funções do corpo (por exemplo, prazer oral na nutrição, amamentação do seio materno).
O termo “transferência” foi utilizado pela primeira vez por Freud em 18951, no sentido de ser uma forma de resistência, isto é, um obstáculo à análise, a fim de evitar o acesso ao resíduo da sexualidade infantil que ainda persistia ligada às “zonas erógenas”, as quais, na evolução normal, já deveriam estar desligadas. Com efeito, essa articulação entre o “filósofo” Agostinho e o Santo Agostinho se encontra no modo como ele fez desse desejo que acossa o humano uma categoria central de suas investigações. A tradição literária erótica joga com os elementos interdição e transgressão no campo da linguagem e da imaginação, o que nos protege de realizar crimes impensáveis, atos nauseabundos e detestáveis.
Uma hora acontece o confronto entre o que eu achava que o outro era e o que o outro é. Na individualidade aumenta a potência de agir, preocupa-se com a estética, se cuida, faz dieta, compra roupas, enfim, se produz, representa. A angústia pelo medo da perca, de não ser correspondido, aflora-se o ciúmes e, por outro lado o prazer de ter potencializado um sentimento que dá prazer, satisfação, alegria.
A literatura nos permite experimentar certa dose de erotismo; transgredir, mas com menor risco de invasão de angústia. Às vezes, o autoerotismo é usado em relação a indivíduos que são sexualmente excitados pelo próprio corpo. O exemplo mais comum é a masturbação, que é o estímulo sexual que uma pessoa dá a si mesma.
Além disso, como mencionamos, existe um cuidado maior com a produção, cenários bem trabalhados, direção mais refinada e performances que realmente se conectam com o público. Você já se deparou com o termo soft porn, mas não tem certeza do que ele realmente significa? Esse gênero de entretenimento tem despertado a curiosidade de muitas pessoas, aparecendo em filmes, livros e até podcasts. Teixeira da Silva15 salienta o aspecto da necessidade do tratamento pessoal do terapeuta. Esse mesmo autor refere que tal análise ideal não existe e que devemos lidar com nosso trabalho e experiência clínica como fonte inesgotável de conhecimentos e evolução.